terça-feira, 28 de abril de 2015

Conheça alguns lugares históricos da Região do Maciço de Baturité.

Por Artur Ricardo


REDENÇÃO - CEARÁ

Museu Senzala Negro Liberto 


Situado às margens da CE-060, na entrada do municípios de Redenção, o Sítio Livramento abriga o Museu Senzala Negro Liberto, um canavial, e a unidade de produção da aguardente Douradinha. O sítio foi construído em 1873, pela família Muniz Rodrigues.  
O marco histórico deste engenho é a concessão  de cartas de alforria a todos os negros cativos, em 25 de março de 1883,  cinco anos antes da assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel.
O museu, criado em 2003, é composto por casa grande, senzala, canavial, a moageira e uma lojinha (Mercado da Sinhá). Este conjunto arquitetônico colonial é original e encontra-se em boas condições de conservação.


Hospital Dermatológico de Antônio Diogo – Colônia

Construída em 1928, o local serviu, para isolamento das pessoas portadoras de hanseníase, durante muitos anos. O local possui Cine-teatro, enfermaria, sala de fisioterapia, biblioteca, consultórios e outros. Localizado no distrito de Antônio Diogo.






ARACOIABA - CEARÁ

Primeira Estação Ferroviária de Aracoiaba

Inaugurada em 14 de março de 1880, localizada na localidade de Arraial Santa Isabel. Foi a partir dessa estação que a Vila de Canoa se desenvolve economicamente e 10 anos depois de sua inauguração ocorre sua emancipação política. Por essa estação passou o Presidente da república Getúlio Vargas em 1933. Foi desativada no ano de 1967. Atualmente se encontra totalmente abandonada.




Segunda Estação Ferroviária.

Essa estação teve o início de sua construção em 1965, quando foi feito um desvio da linha férrea, se estendendo um caminho novo pelo Bairro São José. Inaugurada em 08 de junho de 1965. Em 1967, foi desativada definitivamente, a antiga linha da Estação Ferroviário do Arraial Santa Isabel. E na metade da década de 1980 essa também foi desativada e atualmente vive completamente abandonada. 




Cadeia Pública.

Uma das construções mais antiga de Aracoiaba. Construído no Século XIX, quando em 18 de agosto de 1871, foi criado o Distrito Policial do povoamento de Canoa (Aracoiaba). Atualmente completamente abandonada.  



BATURITÉ - CEARÁ

Mosteiros dos Jesuítas


Em fevereiro de 1922,os jesuítas decidiram abrir aqui uma escola apostólica, ou seja um seminário menor, para formação dos seus padres e irmãos. A família do Comendador Ananias Arruda, foi quem doou uma parte do Sitio Olho D’Agua ao Pe. Antônio de Oliveira Pinto.  A construção levou mais de 10 anos.
Para o arrojado projeto da Escola Apostólica, o Padre Antônio de Oliveira Pinto contratou um renomado engenheiro de São Paulo que projetou sua construção numa área de terra de 110 metros de frente por 78 de fundos.
No dia 3 de dezembro do mesmo ano, foi benta a Pedra Fundamental por Dom Manuel da Silva Gomes, Arcebispo de Fortaleza na presença do Ministro da Viação, do Presidente do Estado, do Representante da Inspetoria de Secas, do representante da Rede de Viação Cearense, de jornalistas, religiosos e grande massa popular.
Em 15 de agosto de 1927, concluída a parte lateral do prédio, foi a Escola Apostólica dos Padres Jesuítas de Baturité, solenemente inaugurada, com a benção de suas dependências pelo Arcebispo de Fortaleza, Dom Manuel da Silva Gomes, e uma missa campal com a participação de um grande número de pessoas. ( Autor : Ana Margarida Arruda Rosemberg, sobrinha de Ananias Arruda)






Estação Ferroviária.


A origem da Estação Ferroviária de Baturité remonta à construção de uma estação da linha férrea chamada "linha-tronco” ou “linha sul” pertencente à Rede de Viação Cearense. O prédio da Estação Ferroviária foi inaugurado no dia 2 de fevereiro de 1882, ainda no governo imperial de D. Pedro II. Está localizado em uma das principais praças do Bairro Putiú. Ao lado do prédio, sobre um monumento, uma máquina Maria Fumaça, fora colocada nos festejos dos cem anos da Estrada de Ferro de Baturité. É um dos poucos prédios tombados pelo IPHAN e está preservado da idéia dos que não sabem conservar a cultura dos seus antepassados. Ainda podem-se observar os antigos armazéns e as antigas linhas que serviam de para a manobra dos trens.









Escadaria e Imagem de Nossa Senhora de Fátima.

Conhecida como Via Sacra Pública, que possui 365 degraus e que leva o visitante até a estátua de Nossa Senhora de Fátima, monumento erguido em veneração à santa. Trata-se de um passeio gratuito, tendo-se uma visão privilegiada da cidade.
Inaugurada em agosto de 1968, por Dom Almeida Lustosa, na época arcebispo de Fortaleza, o percurso da escadaria são alguns quilômetros de rampa e degraus construídos de pedra. O monumento é dividido em 14 estações, representando os momentos mais cruciantes do sacrifício de Jesus Cristo.





Igreja Matriz de Nossa Senhora da Palma.

Inaugurada em Junho de 1762, trata-se de uma igreja imponente que possui arte bizantina com predominação do barroco (única nesse estilo no Brasil) e tendo já servido para guardar munição e pólvora durante a guerra da Confederação do Equador. Conta a história que a primeira imagem de Nossa Senhora da Palma, padroeira do município, foi levada para Baturité pelos índios Jenipapos e Canindés. A estátua tinha cerca de 40 cm de altura e era feita em madeira, mas foi roubada e nunca recuperada.






Museu Comendador Ananias Arruda. 

Criado em Junho de 1981, o Museu Comendador Ananias Arruda é de ordem privada mantido pela Fundação que leva o mesmo nome, afim de preservar tanto a história da cidade quanto a de seu homenageado. A casa onde funciona o Museu era a residência do Comendador. Seu acervo é composto por objetos pessoais, bem como documentos e peças importantes que contam a história de Baturité. Infelizmente estava fechado no momento da nossa visita. 



Museu e Sítio Arqueológico da Serra do Evaristo. 

Os trabalhos tiveram início em março de 2012, em um sítio funerário, de onde foram coletados inúmeros vestígios materiais pré-históricos. Foi Inaugurado em 25 de setembro 2013. Os visitantes do Museu Comunitário da Serra do Evaristo poderão conhecer urnas funerárias, machadinhos polidos, fusos, entre outros inúmeros vestígios arqueológicos com mais de 700 anos que compõem o acervo. O maior diferencial do museu é a preservação do acervo arqueológico in loco, diferente do que ocorre com inúmeros vestígios funerários expostos e depositados em museus do Ceará, sem qualquer informação sobre suas procedências




PACOTI - CEARÁ

Capela de Jesus Crucificado e Cenotáfio de Ana dos Santos Arruda (1895-1941).

Capela erguida no local onde a Dona Ana dos Santos Arruda, esposa do comendador Ananias Arruda, figura importante de Baturité, que visitava Pacoti nessa época, morrera no local em 19.01.1941 quando caminhava pelo local. Foi inaugurada em 19.01. 1942. No local havia uma grande cruz e nessa cruz estava pregado um precioso crucifixo da Terra Santa, lembrança de Jerusalém, adquirido pelo casal ma viagem que fizeram para lá em 1925.  




Casarão do Sítio Pau d'Alho

Construído Século XIX (1880) é um dos Sítios mais importantes da região, que se destacou como um dos mais produtivos e prósperos da Serra de Guaramiranga, que abrigava um dos maiores casarões da serra. Tendo inclusive hospedado o Príncipe Imperial Conde D’Eu em 1890, e também por várias vezes o Poeta Quintino Cunha, o qual, do palacete do PAU D’ALHO compôs a poesia “ Comunhão da Serra".


Casarão do Sítio São Luiz


Também construído no século XIX, pertencente a família Sampaio Nepomuceno. Serviu em 1998 como cenário para o longa-metragem de Florinda Bolkan: "Eu não conhecia Tururu". e em 2007, nas gravações do Filme: "Bezerra de Menezes - O Diário de um Espírito", de Glauber Filho e Joe Pimenta. Outras produções também se utilizaram do casarão pra mostra o esplendor do Ceará na época do café.  




Fontes

Site da RFFSA
Site Rodando o Ceará.
Site Oficial do Mosteiro dos Jesuítas.
Site da História de Redenção e Baturité.
História das Estações da EFB.
Fonte: MATOS, Rose Mary Santana. Aracoiaba, história em retalhos. Vol. I.  Fortaleza-Ceará. Ed. Premius. 2012.
JUCÁ, Levi. Pacoti: História e Memória. Fortaleza. Premius. 2014. pp. 49 e 69. 
Fotos: Acervo pessoal e Google.

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HISTÓRIA DE PACOTI - CEARÁ

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