sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A construção do Teatro São João e os recursos para os famintos na seca de 1877-1879 no Ceará.

Teatro São João em Sobral - Ceará.

Por: Raimundo Arcanjo
Adaptação e revisão: João Artur

A ideia de se construir um teatro estava ligada a concepção de que o teatro era um "farol civilizador". Representava ele ao velho servilismo cultural das elites cearenses de se distinguir dos "tabaréus" do sertão a sua volta cultivando signos e símbolos de civilização; era como se dissessem, com isso, que aqueles que frequentavam ao teatro (era a elite da sociedade) eram "civilizados" e "cultos", e os que não o faziam eram "incivilizados" e "bárbaros". Estavam assim justificadas as hierarquias, o poder de mando e os privilégios das elites (elas mereciam, pois eram mais "civilizadas" do que os "cabocos" a sua volta!). Seria aterrador e vergonhoso admitir-se que, em plena seca de 1877-79, quando na capital da província, milhares de pessoas morriam de fome e de doenças (Rodolfo Teófilo fala que num só dia morreram mil pessoas de varíola), na reião norte, enquanto isso as elites políticas de Sobral estavam construído templos de ostentação aristocrático.
A construção em Sobral do Teatro São João, ganhou impulso graças as verbas da seca de 1877-79:  

Depois que o presidente da sociedade [União Sobralense], Dr. Antonio Joaquim Rodrigues Junior, abriu a sessão, procedeu-se à leitura da ata, que foi colocada na cavidade da pedra com três fotografias de ruas da cidade, alguns números d’ “O sobralense”, moedas de prata, cobre e níquel da época atual. A cerimônia religiosa foi ministrada pelo Ver. João José de Castro, e serviu de paraninfo o Dr. Vicente Alves de Paula Pessôa, Juiz de Direito da Comarca. [...].
As obras continuaram, porém morosamente, até que, pela verba dotada para socorros públicos na seca de 1877, tomaram impulso, sendo desta época quase todo o arcabouço. Nesta fase da construção, merece ser evocado, por sua eficaz ingerência, o presidente José Julio de Albuquerque Barros, Barão de Sobral. [1]  
 
            Segundo Raimundo Girão, o presidente da província do Ceará, José Júlio governou o Ceará de 8 de março de 1878 [...] a 2 de janeiro de 1880 [2].  Somando forças ao velho Francisco de Paula Pessoa (o senador dos bois) e a seu filho Vicente de Paula (juiz de direito em Sobral nesta ocasião), Júlio e seus aliados tiveram força política para angariar recursos federais a serem empregados na região norte, e não apenas na capital da província. (ao contrário do que apregoa a historiografia radicada na Universidade Federal do ceará - UFC, a seca “apocalíptica” referida por Sebastião Rogério Ponte[3] e Frederico de Castro Neves[4] fora um fenômeno urbano especifico de Fortaleza – a capital pagava o auto preço pela centralização administrativa. Na região norte do Ceará esta seca se traduzia na ampliação dos investimentos do poder central em obras públicas ligadas as instituições de poder político, como casas de câmara e cadeias - em Ipu, Sobral, Camocim, Granja, entre outras -, e com a construção da Estrada de Ferro de Sobral). A história da seca - e de seus usos e abusos - na região norte do Ceará ainda está por ser escrita.

Ao presidente do Ceará, José Júlio Barros, um dos juristas mais contemplados pelo Imperador com títulos e nomeações, e ao velho senador Francisco de Paula Pessoa, os interesses pessoais, a lógica de favorecer primeiramente o seu grupo de parentes e amigos estava à frente da lógica do “bem comum” (ligado aos interesses nacionais ou provinciais). E o velho Imperador e seus ministros, carentes de apoio político – pois o republicanismo crescia a olhos vistos - atenderam-lhes aos caprichos. E a Estrada de Ferro de Sobral estendeu seus trilhos – ignorando a cidade de Ibiapaba – sobre o coração semi-árido da região norte cearense. Assim como Sobral teve o seu tótem de adoração aos valores aristocráticos de sua elite vaidosa e pedante.
            Antonio Bezerra de Menezes deixou para a posteridade o seu protesto:

Aquilo significava para mim a última palavra da vaidade humana, a ostentação caprichosa da falta de patriotismo, a impunidade do extravio dos dinheiros públicos sob fútil motivo, o ridículo mais cruciante aos sacrifícios de um povo inconsciente dos seus direitos!
Adiante me encarregarei de provar o que vem a ser aquêle luxo de despesa, aquela argalhada de escárnio modelada em escala ascendente, desde Camucim até Sobral, que nem o futuro com tôdas as suas promessas de grandeza será capaz de fazer emudecer.
... não conheço nesta província nada mais inútil, nem mais ilusório, que aquela grande mentira escrita em 131 quilômetros de trilhos de ferro.  [1]
 
Dom José tentou fazer a defesa da ferrovia e do teatro de Sobral, mas dadas as condições econômicas e históricas em que ambos foram construídos, aquelas obras são indefensáveis. Como diria Bezerra:
"Aquilo significava para mim a última palavra da vaidade humana, a ostentação caprichosa da falta de patriotismo, a impunidade do extravio dos dinheiros públicos sob fútil motivo, o ridículo mais cruciante aos sacrifícios de um povo inconsciente dos seus direitos!"




[1] MENEZES, Antônio Bezerra de. Notas de Viagem. Imprensa Universitária do ceará: Fortaleza, 1965. p. 67.



[1] FROTA, D. José Tubinabá da. História de Sobral. 2ª ed. Fortaleza: Editora Henriqueta Galeno, 1974. p. 496-497. (o grifo é nosso).
[2] Girão. R. 1985. op. cit. p. 302.  Anos mais tarde – em 1887 – este homem seria agraciado com o título de Barão de Sobral.
[3] PONTE, Sebastião Rogério. Fortaleza Belle Époque: reformas urbanas e controle social (1860 – 1930). 3ª ed. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001.
[4] NEVES, Frederico de Castro. A multidão na história: saques e outras ações de massa no Ceará. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense. Tese de doutorado, 1998.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

POEMA: "Lugar pra se viver pra sempre". Por: Francisco Vinícius de Souza Martins


Praça 16 de Agosto em Aracoiaba - Ceará (maio de 2015)




Lugar pra se viver pra sempre.

Autor: Francisco Vinícius de Souza Martins


Aracoiaba, lugar onde os pássaros cantam 
e os nossos dias à trabalhar, 
onde o brilho é verdadeiro,
estampado em cada nome,
em cada beleza esplêndida 
conhecida por todos que visitam, 
quem vem de outros horizontes aqui morar. 
Terra acolhedora e amável!

Nossa cidade está aniversariando, 
nossa terra natal. 
Em seu andar os encantos,
são tantos de cantar por esta cidade querida, 
que é uma paixão antiga. 
Está em meu coração desde que nasci. 
Sou filho de Aracoiaba, 

tenho orgulho de minha terra, 
onde mora alegria no rosto da criança, 
do jovem e do ancião, 
por isso exercito a harmonia todos os dias, 
enquanto tiver o pão de cada dia 
agradecerei á Deus em todo instante.

Aracoiaba, terra de encantos mil,

o que temos aqui ninguém nunca viu, 
ter tanto valor para o seu povo. 
Terra de belezas, de céu cor de anil 
e de povo gentil, de esperança no olhar 
e sorriso nos lábios, 
de belos monólitos

e de pássaros á cantar.
Herança de meus avós. 

tesouro dos meus pais, 
ventre do qual eu pude nascer.
Eu trago no peito a origem desta terra 
e a marca desse povo 
e na busca por um tempo novo, 
aqui irei permanecer.



Rascunho do Poema
Foto: Vinícius Souza


Parque de Eventos em Aracoiaba-Ceará
2015
Foto: Vinícius Souza



Francisco Vinícius de Souza Martins - Filho de Aracoiaba, estudante, compositor, músico, poeta popular. Escreveu esse poema em comemoração aos 125 anos de Emancipação Política de Aracoiaba, o mesmo leu esse poema no dia 16 de agosto de 2015 na praça de mesmo nome. O referido poema busca expressar o sentimento do autor de viver em sua terra natal para sempre, na verdade é uma dedicação de amor a sua terra.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Cantando Nossa História - Autor: Fábio Brito

Aracoiaba - Ceará em setembro de 2015.
Foto: Fábio Brito


CANTANDO A NOSSA HISTÓRIA 

LETRA & MÚSICA: FÁBIO BRITO


ARACOIABA MINHA LINDA ARACOIABA
OH BOA TERRA, DOCE  TERRA DE MEUS PAIS
ESSAS PALAVRAS SÃO DO HINO DO SAUDOSO SALOMÃO
QUE DE UMA FÁBRICA DE ALGODÃO EDIFICOU A EDUCAÇÃO.

AI QUE SAUDADE DOS TEUS TEMPOS DE CANOA
SEU MARCELINO, O CANOEIRO LÁ DA VILA
GANHAVA O PÃO DE CADA DIA PRA SUA FAMÍLIA SUSTENTAR
PASSANDO SOBRE O GRANDE RIO OS HABITANTES DO LUGAR.

ARACOIABA DA VISTOSA PEDRA AGUDA
O NOSSO SIMBOLO DE GRANDEZA E AMOR
ME LEMBRA A TODOS QUE LUTARAM
PARA O PROGRESSO AQUI CHEGAR
E EDUARDO CASTRO E SILVA FOI O PRIMEIRO A GOVERNAR.

AQUI PASSARAM TANTOS HOMENS IMPORTANTES
ATÉ GETÚLIO, O PRESIDENTE DO BRASIL
EM COMITIVA ELE PASSOU, NA ESTAÇÃO DO ARRAIAL
PRA MULTIDÃO ELE ASCENOU E POVO TODO O ACLAMOU.

GETÚLIO NOSSO GRANDE PROTETOR PARA O BEM DE ARACOIABA TRAZ UM OUTRO DEFENSOR, É CARNEIRO DE MENDONÇA CAPITÃO INTERVENTOR. TAMBÉM TRAZ A NOVA COMITIVA A FIGURA DECISIVA DESSE HOMEM DE AÇÃO. É ELE JOSÉ AMERICO O MINISTRO DA VIAÇÃO.

E ASSIM NOSSA CIDADE FOI CRESCENDO
DESENVOLVENDO, VEJAM HOJE COMO ESTÁ
TEMOS ESCOLAS  FACULDADES, TEM HOSPITAL MATERNIDADE
TEMOS DE TUDO QUE COSTUMAM, SE VER NAS GRANDES CIDADES.

MUITO OBRIGADO A TODO AQUE AQUI PASSARAM
NOBRES FAMÍLIAS, E OS MAIS HUMILDES MORADORES
A TODOS OS VEREADORES, INTENDENTES, INTERVENTORES
MUITO OBRIGADO AOS PREFEITOS QUE REPRESENTAM O NOSSO POVO

PRA TERMINAR A MINHA HISTÓRIA EU VOS DIGO
TODO PROGRESSO QUE HOJE TODOS PODEM VER
É FRUTO DE UM GRANDE AMOR, EM PROL DE UM SÓ IDEAL
MOSTRANDO QUE A UNIÃO PODE VENCE R TUDO AFINAL

REFRÃO :

HÁ,QUEM TE VISITA NÃO SE ESQUECE NUNCA MAIS.
Ó BOA TERRA, DOCE TERRA DE MEUS PAIS
ÉS BRAÇO FORTE DO TEU FILHO EXUBERANTE
HÁ, EU AGRADEÇO A DEUS POR TUDO QUE VIVE
POR ONDE QUER QUE EU VÁ TE LEVO JUNTO A MIM
E HOJE EU QUERO TE DIZER
QUE EU TE AMO ( ARACOIABA )
HOJE EU QUERO TE DIZER
QUE EU TE AMO ( ARACOIABA )
HOJE EU QUERO TE DIZER QUE EU TE AMO ...






Francisco Fábio de Brito Lima - Músico, desenhista, compositor, cantor, poeta popular, politico (vereador em Mulungu - 2021 - 2024) e clarinetista na Orquestra Municipal de Aracoiaba - Ceará.
No dia 15 de agosto de 2015 em comemoração aos 125 anos de Emancipação Política de Aracoiaba - Ceará, o poema que já havia sido musicalizado ganhou uma versão também em vídeo produzido pelo mesmo Fábio.  

Foto: Fábio Brito

"Seu Bigode" - Música: Sebastião Cruz (Tião) e Edson Teixeira e Letra: Fábio Brito.



Raimundo Gomes de Brito (Bigode)
Foto: Fábio Brito


Seu Bigode

Música: Sebastião Cruz (Tião) e Edson Teixeira
Letra: Fábio Brito

TANTO TEMPO FAZ,
QUE TUDO SE PASSOU !
LEMBRO DEMAIS A VOZ DO MEU AMOR !
GRITANDO FORTE EM MEIO A MULTIDÃO ( BIGODE )
ME LEMBRO DAS FESTINHAS DE SANTOS...
NO CORETO EM FRENTE A MATRIZ,

A BANDA  TOCAVA, O POVO APLAUDIA, O BIGODE E A TURMA DO JOÃO DA FLORZINHA, 
E NA FRENTE DA BANDA ERA O MESTRE MEIRÚ QUEM REGIA. ( Bis )

QUANTA SAUDADE
CARREGO NO MEU CORAÇÃO,
O SINO DA IGREJA TOCANDO O POVO SE APROXIMANDO
PRA VER A BANDA PASSAR.
ME LEMBRO BEM
DE CADA EXPRESSÃO DO MEU POVO !
AH ! SE EU PUDESSE DE NOVO
FAZER O TEMPO VOLTAR.

ME LEMBRO DAS FESTINHAS DE SANTOS...
NO CORETO EM FRENTE A MATRIZ,
O LUIZ QUEIROZ,
LUIZ DO TUTU,
O SEU ZACARIAS,
O CABO BELIM,
O PRETO DO OVIDIO, SENTAVAM BEM PERTO DE MIM
O CHICO NOGUEIRA,
O SEU ANASTÁCIO,
O JOÃO CURIÓ,
SARGENTO ETELBERTO,
OSMAR E MANECO, ALGUNS NÃO ESTÃO MAIS AQUI.



 Raimundo Gomes de Brito (Bigode) e esposa Iolanda
em sua residência em Aracoiaba no ano de 2015.
Foto: Fábio Brito




Autores:



Antônio Sebastião Cruz Lima (Tião) - Músico, compositor, arranjador, poeta popular mecânico, empresário e saxofonista da Orquestra Municipal de Aracoiaba - Ceará.


 Foto: Sebastião Cruz (Tião)



Edson Teixeira - Músico, compositor, arranjador, professor de música e história, historiador  e guitarrista da Orquestra Municipal de Aracoiaba - Ceará. 

Foto: TV Maciço online




Francisco Fábio de Brito Lima - Músico, desenhista, compositor, cantor, poeta popular, político (vereador em Mulungu) e clarinetista na Orquestra Municipal de Aracoiaba - Ceará.


Foto: Fábio Brito






O Terço dos Homens - Letra e Música: Fábio Brito


Praça 16 de agosto e Largo da Matriz em Aracoiaba/Ceará (ano 2015).
Foto: Fábio Brito.


O Terço dos Homens
Letra e Música: Fábio Brito


Estamos unidos aqui
Rezando pra nossa senhora
Para levar nossas preces
Ao nosso pai nosso Deus
Nós somos todos irmãos
Por isso estamos aqui
Com nosso terço na mão
Rezando com devoção
Rezamos por todos os filhos
Rezamos por todos os pais
Rezamos também pelo mundo
Que está precisando de paz
Rezamos pelos doentes e pelos homens de bem
Que vivem do seu trabalho e sempre divide o que tem.

Vamos participar
Do terço dos homens vamos rezar
Venha e traga mais um
A casa de Deus espera por ti
Vamos participar
Do terço dos homens vamos rezar
Venha e traga mais um
A casa de Deus espera por ti ( e nossa senhora )

Rezamos com muito amor
Para agradecer
A terra que nos dá frutos
A chuva que cai sobre nós
As estelas do firmamento
O sol e a lua também
Muito obrigado por todo
Senhor nós te amamos também.

Vamos participar
Do terço dos homens vamos rezar
Venha e traga mais um
A casa de Deus espera por ti
Vamos participar
Do terço dos homens vamos rezar
Venha e traga mais um
A casa de Deus espera por ti ( e nossa senhora )



Grupo do Terço dos Homens de Aracoiaba (2015)
Foto: Valdevan Marcelino




 Francisco Fábio de Brito Lima, residente em Aracoiaba - Ceará, é Músico da Orquestra de Aracoiaba, desenhista, poeta popular, político (vereador em Mulungu), compositor e autor de diversos trabalhos que exalta sua terra. O referido poema originou numa belíssima canção religiosa que até hoje é cantada durante o Terço dos Homens, que acontece na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Aracoiaba toda às quintas-feiras.  

NOSSA TERRA, NOSSA HISTÓRIA DO JEITO QUE É DITO.

 Foto de Aracoiaba - Ceará
Foto tirada da Caixa D'água da Cagece por Francisco De Assis em 2009.


Nossa terra, nossa história do jeito que é dita

Autor: Antônio Sebastião Cruz Lima (Tião)


Venho falar de minha terra do jeito

que nos falam.

Falando de nossa história

do jeito que falam.

Baseei-me pela fala e não pela

escrita.



Aracoiaba é o teu nome do canto

dos passarim.

Ao progredir tá lá no hino é o

povo que grita SIM!



Venho falar de minha terra do jeito

que nos falam.

Falando de nossa história

do jeito que falam.

Baseei-me pela fala e não pela

escrita.



Nós temos aqui a Pedra Aguda

encantada no sertão.

Toda cheia de mistérios é

referencia pra avião.



Venho falar de minha terra do jeito

que nos falam.

Falando de nossa história

do jeito que falam.

Baseei-me pela fala e não pela

escrita.



Aqui tivemos tantos nomes que

amaram esse torrão.

Vou citar um grande deles, o

saudoso Salomão.



Venho falar de minha terra do jeito

que nos falam.

Falando de nossa história

do jeito que falam.

Baseei-me pela fala e não pela

escrita.



O trem rendeu tantas histórias

que encanta tanta gente.

Trouxe gente importante até

Getúlio, o presidente.



Venho falar de minha terra do jeito

que nos falam.

Falando de nossa história

do jeito que falam.

Baseei-me pela fala e não pela

escrita.



Aracoiaba é tão extensa, do pé de

serra ao sertão.

As minhas palavras não

demonstram como eu amo esse torrão.



Venho falar de minha terra do jeito

que nos falam.

Falando de nossa história

do jeito que falam.

Baseei-me pela fala e não pela

escrita.



Eu já ia me esquecendo; mais

espia seu menino.

De citar o nome dele,

o canoeiro Marcelino.



Venho falar de minha terra do jeito

que nos falam.

Falando de nossa história

do jeito que falam.

Baseei-me pela fala e não pela

escrita.



Pra encerrar falo de hoje, que tem

coisa que ainda presta.

Aqui tem coisa que me orgulha, por

exemplo a nossa Orquestra.



Venho falar de minha terra do jeito

que nos falam.

Falando de nossa história

do jeito que falam.

Baseei-me pela fala e não pela

escrita.



Não estudei suficiente pra

escrever tudo certim.

Mas falei a nossa história como

falaram pra mim.



Venho falar de minha terra do jeito

que nos falam.

Falando de nossa história

do jeito que falam.

Baseei-me pela fala e não pela escrita.


O poema foi escrito por Antônio Sebastião Cruz Lima, Reside na localidade de Caninhas em Aracoiaba. Conhecido como Tião, é Músico da Orquestra Municipal de Aracoiaba (saxofonista), mecânico de motos, poeta popular e bastante cômico naquilo que faz. Segundo o mesmo a inspiração para a elaboração desse poema surgiu na madrugada do dia 15 de setembro de 2015. O referido poema foi postado conforme original.  

HISTÓRIA DE PACOTI - CEARÁ

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