quinta-feira, 30 de abril de 2015

Lampião, o Rei do Cangaço.

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BENJAMIM ABRAÃO APERTANDO A MÃO DE LAMPIÃO, AO LADO MARIA BONITA
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O BANDO EM 1936 

Por Jaqueline Aragão Cordeiro.

28 de julho de 1938. Chega ao fim a trajetória do mais popular cangaceiro do Brasil. Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, foi morto na Grota do Angico, interior de Sergipe. Por sua inteligência e destreza, Lampião até hoje é considerado o Rei do Cangaço. Virgulino Ferreira da Silva nasceu em 1897, na comarca de Vila Bela, região do Vale do Pajeú, Estado de Pernambuco. Dos 9 irmãos, Virgulino foi um dos poucos a se interessar pelas letras. Frequentava as aulas dadas por mestres-escolas que se instalavam nas fazendas. No sertão castigado por secas prolongadas e marcado por desigualdades sociais, a figura do coronel representava o poder e a lei. Criava-se desta forma um quadro de injustiças que favorecia o banditismo social. Pequenos bandos armados, chamados cangaceiros, insurgiam-se contra o poder vigente e espalhavam violência na região.

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 LAMPIÃO E ANTONIO FERREIRA (SEU IRMÃO) /  CORISCO E ROXINHO

Eram freqüentes, também, os atritos entre famílias tradicionais devido as questões da posse das terras, as invasões de animais e as brigas pelo comando político da região. Num desses confrontos, o pai de Lampião foi assassinado. Para vingar a morte do pai, entre outros motivos, Lampião entra para o cangaço, por volta de 1920.

  
A princípio segue o bando de Sinhô Pereira. Mostrando-se hábil nas estratégias de luta, assume a chefia do bando em 1922, quando Sinhô Pereira deixa a vida do cangaço. Lampião e seu bando vivem de assaltos, da cobrança de tributos de fazendeiros e de "pactos" com chefes políticos.

LAMPIÃO VESTIDO COM A FARDA DO "BATALHÃO PATRIÓTICO" (JUAZEIRO 1926, FOTO DE LAURO CABRAL)
Praticam assassinatos por vingança ou por encomenda. Pela fama que alcança, Lampião torna-se o "inimigo número um" da polícia nordestina. Muitas são as recompensas oferecidas pelo governo para quem o capture. Mas as tropas oficiais sempre sofrem derrotas quando enfrentam seu bando.

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AZULÃO E ENEDINA, DADÁ E SABONETE / INACINHA E GATO

Como a polícia da capital não consegue sobreviver no sertão árido, surgem as unidades móveis da polícia, chamadas Volantes. Nelas se alistam os "cabras", os "capangas" familiarizados com a região. As volantes acabam tornando-se mais temidas pela população do que os próprios cangaceiros.

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Além de se utilizarem da mesma violência no agir, ainda contam com o respaldo do governo. Lampião ganha fama por onde passa. Muitas são as lendas criadas em torno de seu nome. Por sua vivência no sertão nordestino, em 1926, o governo do Ceará negocia a entrada de seu bando nas forças federais para combater a Coluna Prestes. Seu namoro com a lei dura pouco. Volta para o cangaço, agora melhor equipado com as armas e munições oferecidas pelo governo.

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MARIA BONITA E CORISCO "O DIABO LOIRO"

Em 1930, há o ingresso das mulheres no bando. E Maria Déia, a Maria Bonita, torna-se a grande companheira de Lampião. Em 1936, o comerciante Benjamin Abraão, com uma carta de recomendação do Padre Cícero, consegue chegar ao bando e documenta em filme Lampião e a vida no cangaço. Esta "aristocracia cangaceira", como define Lampião, tem suas regras, sua cultura e sua moda. As roupas, inspiradas em heróis e guerreiros, como Napoleão Bonaparte, são desenhadas e confeccionadas pelo próprio Lampião. Os chapéus, as botas, as cartucheiras, os ornamentos em ouro e prata, mostram sua habilidade como artesão.

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Após dezoito anos, a polícia finalmente consegue pegar o maior dos cangaceiros. Na madrugada do dia 28 de julho de 1938, a Volante do tenente João Bezerra, numa emboscada feita na Grota do Angico, mata Lampião, Maria Bonita e parte de seu bando.

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AS ONZE CABEÇAS DOS CANGACEIROS ARRUMADAS NA ESCADARIA DA PREFEITURA DE PIRANHAS 

Suas cabeças são cortadas e expostas em praça pública. Lampião e o cangaço tornaram-se nacionalmente conhecidos. Seus feitos têm sido freqüentemente temas de romancistas, poetas, historiadores e cineastas, e fonte de inspiração para as manifestações da cultura popular, principalmente a literatura de cordel.  



Fonte 1: TV Cultura 
Leia mais no Jornal O povo

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LAMPIÃO E O BANDO, QUE CHEGOU A TER QUASE 150 PESSOAS

CURIOSIDADES 
Lampião ganhou esse apelido ao inventar uma técnica que fazia o rifle comum disparar mais rápido, parecendo uma pistola automática – o clarão que saía da boca da arma lembrava a luz de um lampião.
“Sempre respeitei e continuo a respeitar o Estado do Ceará, porque é o Estado de Padre Cícero. Como deve saber, tenho a maior veneração por esse santo sacerdote, porque é o protetor dos humildes e infelizes”.Lampião referindo-se a Padre Cícero, em entrevista de 1926.

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Atendendo ao chamado de Padre Cícero, Lampião esteve em Juazeiro do Norte (CE), nos dias 4, 5, 6 e 7 de março de 1926. Na ocasião, recebeu a patente de Capitão do Batalhão Patriótico para perseguir a "Coluna Prestes". Em 1926, o bando de Lampião passa a contar com armas e uniformes semelhantes aos utilizados pelo exército. Após as "honrarias" e o recebimento de forte armamento, Lampião e seu bando vão embora sem cumprir sua parte no acordo, a partir de então, passam a sofrer grande perseguição policial.

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MARIA BONITA E CANDEEIRO / GATO

Combate de Serra Grande (PE). Em 26 de novembro de 1926 Lampião travou uma das mais intensas batalhas. Cerca de 320 policiais atacaram o grupo de Lampião que contava com 80 homens. A luta durou o dia inteiro e teve como saldo 47 soldados mortos e feridos. Um dos comandantes, sargento Arlindo Rocha, ansioso para atacar disse: “Eu hoje quero almoçar é bala.” Acabou levando, durante o combate, um tiro na mandíbula. De fato, almoçou bala... Ficou conhecido posteriormente como “Queixo de Prata”.

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LAMPIÃO É O PRIMEIRO SENTADO A ESQUERDA
Em 1926, num ato de gozação, Lampião enviou um telegrama ao Governador de Pernambuco dizendo que seria governador de uma determinada área do Estado. Por isso, o apelido “Governador dos Sertões”. 
Durante a emboscada que vitimou o bando, Corisco estava na outra margem do rio e seguiria para Angicos no dia seguinte. Conta-se que ele ouviu os tiros do combate, mas não pode reagir. No dia seguinte, foi a casa de Joca Bernardes, seu coiteiro, assuntar quem havia entregue Lampião. Joca, o próprio culpado, levou o nome de Domingos Ventura, morador da fazenda Patos. Corisco, à revelia das repetidas negações de Domingos, matou quase toda a família e remeteu as cabeças em um saco para João Bezerra.
  
TENENTE JOÃO BEZERRA
João Bezerra, o tenente pernambucano, delegado da cidade alagoana de Piranhas, foi o depositário dos louros pelo assassinato histórico do maior de todos os cangaceiros. Depois do ocorrido, João Bezerra escreveu o livro Como dei cabo de Lampião, mas deixou inacabadas suas memórias. Ele relatava com satisfação como cortou a cabeça de Maria Bonita, ainda viva, agonizando depois dos muitos tiros que recebeu. Conta-se também, que Bezerra era coiteiro de Lampião, fornecendo armas para contrabando.

CABEÇAS DE SERRA BRANCA, ELEONORA E AMEAÇO 4 MESES ANTES DE ANGICOS, MORTOS PELO CAP. BEZERRA

A minissérie "Lampião e Maria Bonita", com Nelson Xavier e Tânia Alves, exibida  pela Rede Globo em 1982, foi a primeira minissérie produzida pela emissora. Ao todo, foram feitos mais de trinta filmes sobre Lampião, entre documentários, curtas e longas.
Leia relatos de um sequestrado aqui

APÓS SABER DA MORTE DO MARIDO, A MÃE DE LAMPIÃO MORRE DE INFARTO (FOTO DE 1926) 
EM PÉ
1-Domingo Paulo (primo) / 3- Ezequiel Ferreira (irmão) 5-João Ferreira (irmão) / 6-Livino Ferreira (irmão) / 7-Francisco Paulo (primo) / 9-José Dandão (agregado)
SENTADOS
1-Antonio Ferreira (irmão)/ 2-Angélica Ferreira (irmã)/ 3-Joana (esposa de João Ferreira) / 4-Mocinha (irmã) / 5-Anália Ferreira (irmã)/ 6-Virgolino Ferreira (Lampião)  


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Apesar de ser semi-analfabeto, Lampião era aficionado por leitura, tinha excelente caligrafia e excelente artesão de couro. Somente de Napoleão Bonaparte, lampião leu três biografias, de onde tirou o modelo para suas roupas e chapéu.

Os "coiteiros" eram parceiros do bando que compravam comida, avisavam quando as "volantes" estavam se aproximando e levavam os recém-nascidos para serem adotados por outras famílias.


CABEÇA DE ZEPELIM  EM 1937 / BANDO APÓS CAPTURA PELA VOLANTE

Após matarem todos do bando, os soldados saquearam seus bens, havia inclusive muito ouro, e para roubar os anéis, cortavam os quatro dedos das mãos de uma só vez, pois não havia tempo para retirar as jóias.

A música "Mulher rendeira" foi composta por Lampião em homenagem a sua avó materna e madrinha, D. Maria Jacosa, que o criou desde os cinco anos e foi quem o ensinou a ler.

 MARIANO, PAI VÉIO (?) ( MORTOS POR ZÉ RUFINO)
CABEÇA DO CANGACEIRO PONTARIA(MORTO POR JOÃO BEZERRA)
Era costume das volantes deceparem as cabeças dos cangaceiros e exporem publicamente, assim como era costume dos cangaceiros "sangrarem" suas vítimas e também fazerem "castrações".

Ao contrário do que muitos falam, Lampião e Padre Cícero tinha forte amizade, para o cangaceiro, o padre era um santo e o venerava. Padre cícero tentou dissuadi-lo do cangaço por várias ocasiões, mas sem sucesso. Tentou também impedir que entrassem mulheres para o bando, também sem êxito por casa da perseverança de Maria Bonita.

CANGACEIRO VILA NOVA E PANCADA APÓS CAPTURA

Em 1938 foi anunciado que passaria, no cine Moderno, o filme sobre Lampião feito por Benjamim Abraão. O DIP apreendeu e sensurou o filme, impedindo sua exposição. Somente em 1954 é que foi apresentado no Rio de Janeiro, mas com muitos cortes, feito pela sensura.

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VERA LÚCIA (NETA) E EXPEDITA (FILHA DE LAMPIÃO E MARIA BONITA)

Lampião e Maria Bonita tiveram uma filha, Expedita Ferreira, que lhes deu 3 netos: Cleyse Mary, Djair e Vera Lucia, esta última, jornalista empenhada em preservar a memória dos avós e corrigir injustiças contadas através dos tempos.

João Ferreira da Silva, conhecido por João Peitudo,  ganhou fama quando disse ser filho de Lampião e Maria Bonita. Após dois exames de DNA, constatou-se que não era verdade. João peitudo faleceu com  62 anos de morte natural no dia 26 de junho de 2000,  em Juazeiro do Norte, a 563 quilômetros de Fortaleza.   

Durante muito tempo, as famílias de Lampião, Corisco e Maria Bonita lutaram para dar um enterro digno aos seus parentes. O enterro dos restos mortais dos cangaceiros só ocorreu depois do projeto de lei no. 2867, de 24 de maio de 1965. As cabeças de Lampião e Maria Bonita foram sepultadas no dia 6 de fevereiro de 1969. Os demais integrantes do bando tiveram seu enterro uma semana depois. 

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LOCAL DA EMBOSCADA ATUALMENTE, COM CRUZES E UMA PLACA DE BRONDE
No dia 23 de março de 1940, a volante Zé Rufino combate o bando. Dadá é gravemente ferida no pé direito; Corisco leva um tiro nas costas, que lhe atinge a barriga, deixando os intestinos à mostra. O casal é transportado, então, para o hospital de Ventura. Devido à gangrena, Dadá (Sérgia Maria da Conceição) sofre uma amputação alta da perna direita, mas Corisco (Cristino Gomes da Silva Cleto) não resiste aos ferimentos, vindo a falecer no mesmo dia. O fiel amigo de Lampião é enterrado no dia 23 de março de 1940, no cemitério da cidade Miguel Calmon, na Bahia. Dez dias após o sepultamento, o seu cadáver foi exumado: decepam-lhe a cabeça e o braço direito e expõem essas partes, também, no Museu Nina Rodrigues. A cabeça de Corisco foi enterrada em 1969 em Salvador.

Fonte 2: Memória do Nordeste, TV Diário
Fonte : Fundação Joaquim Nabuco 


CRONOLOGIA
1898 - Em julho, Virgolino Ferreira da Silva nasce na fazenda Passagem de Pedras, em Vila Bela (atual Serra Talhada, PE).
1916 - Uma invasão de propriedade e pretensos roubos de animais por parte de um morador de Saturnino são os motivos do primeiro tiroteio entre os irmão Antônio, Levino e Virgolino Ferreira, o futuro Lampião.
1920 - O desenrolar das intrigas entre famílias causa a morte de José Ferreira, pai de Virgolino. Os três irmãos entram para o bando de Sinhô Pereira.
1922 - Sinhô Pereira abandona o cangaço e Lampião, assume o comando do bando.
1926 - À convite de Padre Cícero (Juazeiro - CE), Lampião entra na cidade para integrar os Batalhões Patrióticos.
1927 - O bando fracassa na famosa invasão a Mossoró (RN).
1928 - O bando atravessa o rio São Francisco e concentra suas ações nos estados da Bahia e Sergipe.
1930 - Maria Bonita estréia a entrada das mulheres no cangaço (Paulo Afonso, BA). Depois dela entram outras como Dadá (mulher de Corisco), Sila e Durvalina.
1936 - O libanês Benjamin Abrahão, ex-secretário particular de Padre Cícero, fotografa e filme Lampião e seu bando.
1938 - Na Grota de Angicos (Poço Redondo, SE), no dia 28 de julho, Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros foram mortos por volantes alagoanas sob o comando do tenente pernambucano João Bezerra.

Veja site oficial de Lampião
Leia sobre a irmã de Lampião aqui
Leia sobre Corisco no Jornal O Povo
Leia sobre a morte de MORENO no Jornal Diário do Nordeste
Fotos: Benjamim Abraão Botto.

Fonte: Blog Coisas de Cearense.

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HISTÓRIA DE PACOTI - CEARÁ

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