Foto: Laura de Goes Leal.
O casarão do Sítio São Luiz localizado na cidade de Pacoti na Região do Maciço de Baturité, aproximadamente uma hora e quarenta minutos da capital cearense Fortaleza, 103,4 quilômetros, através da via BR-020 e CE-253.
Atualmente sobrevive sob os cuidados da família que descende dos Sampaio Nepomuceno e constitui hoje o melhor exemplo de arquitetura colonial da Serra de Baturité. Segundo os proprietários não tem sido fácil mantê-lo, com sua estrutura secular e de grande porte, contudo os esforços particulares têm mantido suas características originais. Sua bela imagem aparece em todas as propagandas turísticas que o celebram como maior exemplo de nosso patrimônio arquitetônico, mas nenhum apoio financeiro ou mesmo cultural chega até ele...
O historiador local Francisco Levi Jucá Sales em seu Livro "Pacoti - História & Memória (2014)", descreve claramente as palavras de uma das proprietárias do casarão do Sítio São Luiz Cláudia de Góes:
"Em meio ao intenso verde da exuberante vegetação que cobre a Serra de Baturité, a uma altitude de 679 metros acima do nível do mar (cota da soleira da porta da frente), em Pacoti, encontra-se uma majestosa construção de imensas colunas brancas que se fecham em arcos simétricos, como uma fortaleza.
As paredes altas são características dos antigos casarão da época colonial que usavam tochas de fogo para iluminar o seu interior. Todas as portas e janelas são de cedro maciço, retirado da própria mata que ainda existe no seu entorno.
A água pura e cristalina que chega gelada em suas torneiras e vem por gravidade de uma nascente, localizada no alto do morro atrás da casa.
Até alguns anos atrás esse encantamento era original feito com bambu.
O velho casarão já foi cenário de dois longas-metragens. Em julho de 1998, foi o principal cenário do projeto cinematográfico de Florinda Bolkon: "Eu Não Conhecia Tururu".
Em junho de 2007, serviu de locação para o primeiro longa-metragem de época rodado e produzido no Ceará: "Bezerra de Menezes - O Diário de um Espírito", de Glauber Filho e Joe Pimental. A imagem do casarão foi assim preservada e imortalizada pela maravilhosa ARTE do CINEMA.
Fonte: JUCÁ, Levi. Pacoti: história e memória. Fortaleza. Premius. 2014. pp. 69-70.
Foto: Laura de Goes Leal.
2 comentários:
Muito belo o casarao. Sempre que vou ao Pacoti pela CE 253 fico maravilhado com a vista. Infelizmente no nosso país, a história não é valorizada como deveria, consequentemente os monumentos históricos. Fico na torcida que reconheçam o valor desse casarão e de tantos outros da nossa região. Pois acredito que um povo que não sabe de onde veio, não sabe para onde caminha.
Devemos saber como o estado do ceará começou,nossa cultura,nossa economia e costumes.
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