Pablo Picasso - foto ilustrativa da matéria do Diário da Noite 09.04.1973.
"Eram 11,40 horas de ontem, em Mougins, no Sul da França, quando o secretário espanhol do pintor Pablo Picasso comunicou a sua morte, vítima de um edema pulmonar. Encerra-se com os 91 anos de Picasso, um capítulo inteiro da História Universal da arte, com uma produção de milhares de obras".
Assim começava a matéria de página inteira do jornal Diário da Noite de 09 de abril de 1973, sobre a morte de Pablo Picasso no dia anterior (08.04.1973).
O jornal destaca: "Pablo Ruiz Picasso, o pintor mundial de origem espanhola radicado na França, nasceu a 25 de outubro de 1881 em Málaga, Andaluzia.
Filho de um professor de desenho, estudou na Escola de Belas Artes de sua cidade natal e de Madri. Em ambas, deu provas de impressionante virtuosismo, tanto maior, quanto quase inato, signo de predestinação.
Aos 16 anos, seguiu para Barcelona, onde logo travou excelentes relações com o mundo da arte e a crítica catalã. Suas primeiras obras de importância datam dessa tenra idade e, ao longo de sua vida, excepcionalmente longa, o pintor deu provas de fidelidade à cidade de sua juventude e de suas primeiras satisfações...
Sua obra inclui cerca de 14.000 pinturas e desenhos, 100.000 litografias, gravuras e águas-fortes, 300 esculturas e cerâmicas e 34.000 ilustrações de livros, entre as quais as famosas "As Meninas" e "O Almoço sobre a Erva", em que o grande artista, já velho, apresenta dezenas de estraordinárias "Miragens" das "Intocáveis" obras de igual nome de Velasquez e Manet...
Contudo, os críticos, na maior parte, consideram que a melhor obra de Picasso foi "Guernica", em 1937 inspirada pela guerra civil da Espanha e pelo bombardeio alemão do povoado Basco desse nome. Todos os períodos anteriores se confundem e se apresentam nessa grande obra feita de cinzentos, brancos, negros e simulando papel de imprensa..."
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