Por Cristine Delphino.
A revolta (ou sedição) de Juazeiro foi um confronto que ocorreu em 1914, entre as oligarquias cearenses e o governo federal provocado pela interferência do poder central na política estadual nas primeiras décadas do século XX.
Ocorreu no sertão do Cariri, interior do Ceará, e tinha como liderança o Padre Cícero Romão Batista.
Tudo começou, quando o presidente Hermes da Fonseca criou a política das salvações com o intuito de conter seus opositores. Através da política das salvações, o atual presidente tinha como promover a intervenção federal nos estados, evitando assim que oposicionistas fossem eleitos para o governo estadual. Ele tinha como objetivo, neutralizar o poder das oligarquias mais poderosas do Ceará, que estavam sobre o controle do senador gaúcho José Gomes Pinheiro Machado, um político que tinha grande influência entre os coronéis do Norte e Nordeste brasileiro.
Como atual prefeito de Juazeiro em 1911, Padre Cícero entra na disputa contra Hermes da Fonseca para manter a família Acioly no poder. Em 1912, a intervenção federal derrubou a família Acioly do poder. Padre Cícero foi eleito como vice-governador
Sem condições de destruírem o Círculo, os soldados retornaram á cidade de Crato para pedirem reforços. Franco Rabelo enviou mais soldados e um canhão. Mesmo assim, as forças rabelistas foram facilmente derrotadas pelos revoltosos.
Após a expulsão dos soldados de Franco Rabelo, Floro Bartolomeu vai até o Rio de Janeiro para conseguir mais aliados. Os revoltosos seguem para Fortaleza com o objetivo de derrubar o governador.
No Rio de Janeiro, Floro consegue o apoio do senador Pinheiro Machado. Quando os revoltosos chegaram em Fortaleza, uma esquadrilha da Marinha impôs um bloqueio marítimo em toda a orla da cidade. Cercado, Franco Rabelo foi deposto.
Hermes da Fonseca convocou novas eleições, onde Benjamin Liberato Barroso foi eleito governador e Padre Cícero foi novamente eleito como vice-governador.
Após a revolta, Padre Cícero foi excomungado pela Igreja Católica no fim da década de 1920, mas continuou sendo venerado como santo e profeta pela população camponesa.
Fonte: Site História Brasileira
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