Quem foi Franklin Távora?
João Franklin da Silveira
Távora nasceu a 13 de janeiro de 1842 no sítio Serrinha da Glória, no Candeia e
foi batizado na antiga Matriz de Nossa Senhora da Palma de Baturité.
Seus pais, Camilo Henrique
da Silveira Távora, já alcunhado de “o Indígena” e Maria de Santana da
Silveira, na verdade, apenas cumpriram o ritual seguindo por seus antepassados,
os Silveira, um dos mais importantes troncos familiares, fundadores do
aprazível Candeia, tendo falecido no Rio de Janeiro, aos 18 de agosto de 1888.
Franklin Távora foi
advogado, jornalista, político, romancista e teatrólogo.
Tudo isso justifica a
decisão de seu pai, quando em 1847, mesmo apesar de todas as vantagens que a
terra oferecia aos homens da época, abandonou o Candeia, levando consigo
inicialmente para Fortaleza e depois para Recife-Pernambuco, sua esposa, Maria
Santana da Silveira e os filhos, dentre os quais Franklin Távora, na época com
apenas cinco anos de idade.
Com Tobias Barreto, fundou o
jornal O Americano (1862), de balizas positivistas. Assume a função de diretor
geral da Instrução Pública (1867), ocasião em que luta pela liberdade de
ensino, defendendo com afinco o método que o favorecera nas primeiras letras: a
educação particular.
É patrono da Cadeira nº 14,
da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Clóvis Beviláqua e
foi também fundador da Associação dos Homens de Letras assim como sócio do
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – IHGB.
Além das primeiras obras escritas em Recife,
Franklin Távora também escreveu consecutivamente: “Três Lágrimas”, drama
(1870); Cartas de Semprônio a Cincinato, crítica (1871); O Cabeleira, romance
(1876); O Matuto, Crônica (1878); Lourenço, romance (1878); Lendas e Tradições
do Norte, folclore (1878) e Sacrifícios, romance (1879).
Em sua obra literária escrita no ano de 1879,
Lendas e Tradições do Norte, Franklin Távora produziu um importantíssimo texto,
onde descreve um artigo ambiente aracoiabense: “A Visão da Serra Aguda”.
Franklin Távora foi o
primeiro escritor brasileiro que escreveu sobre o município de Aracoiaba, mesmo
ainda quando aquela povoação ainda era uma aldeia indígena.
Fonte: MATOS, Rose Mary Santana.
Aracoiaba, história em retalhos. Vol. I. Fortaleza-Ceará. Ed. Premius. 2012. p. 89.
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