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terça-feira, 20 de junho de 2017

Texto e Documentário - Hospital Colônia: Um capítulo macabro da nossa história!

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Por Elienae Maria Anjos  - publicado em 11 de janeiro de 2017.


“Hoje nós começamos a percorrer o ‘Centro Psiquiátrico’ de Barbacena, como o governo insiste em rotular. Os primeiros de seus dezesseis pavilhões. Suas enfermarias, seus pátios. Não encontramos os loucos terríveis que supúnhamos. Seres humanos como nós. Pessoas que, fora das crises, vivem lúcidas o tempo todo. Sabem quem são e o que fazem ali. O que os espera no fim de mais alguns dias, alguns anos. Pessoas que pedem para ser fotografadas, pedem a publicação de seus nomes. Insistem em voltar à sociedade, à família, ao afeto, à liberdade. Nem todas, porém. As alienadas, de tão drogadas, de tantos choques, tanta prisão. Crianças que não conseguem nem se locomover. Mas a maioria insiste em ter esperança de ser tratada como ser humano. Ainda há tempo.” 
(Hiram Firmino)
                                                                              
Enquanto maldades e atrocidades contra pessoas indefesas, como crianças, idosos, debilitados, portadores de deficiências físicas e doenças emocionais estiverem sendo retratadas apenas em uma tela ou em páginas de livros fictícios, nossas vidas, nossas mentes, nossos sentimentos e a nossa visão sobre o ser humano não serão completamente transformados, impactados ou virados de cabeça para baixo. Mas, e se inesperadamente algo ainda desconhecido por nós, trouxer a oportunidade de nos confrontar, nos colocando diante de uma história real, bizarra, cruel e inacreditável que aconteceu dentro do seu próprio país? Justamente em uma parte onde muitos fatos históricos carregados de revoluções humanas e crescimentos importantes contribuíram para o desenvolvimento da nação? Como entender que em um mesmo lugar com tamanha riqueza cultural, de grandes movimentos transformadores foi permitido interromper tantos desenvolvimentos humanos, aniquilando vidas?
Refiro-me ao livro da jornalista Daniela Arbex, Holocausto Brasileiro, (2013) que nos apresenta com riquíssimos detalhes, através de uma apurada investigação, o início e o fim de uma trajetória de injustiças, abandono, violência, desrespeito, falta de dignidade e excessivas dores que mais de 60 mil vidas foram submetidas, sem nenhuma explicação. Esses horrores iniciavam dentro de vagões de um trem que chegava à estação Bias Fortes, chamado “trem de doido”.  A locomotiva os levava para uma viagem sem volta.  Através dela, pessoas começavam um novo e aniquilante tempo sendo presas até a chegada da morte no suposto Hospital Psiquiátrico Colônia, localizado em Barbacena, Minas Gerais.
Ainda não posso afirmar como se encontra meu interior depois dessa leitura.  Tamanhas são as misturas de sentimentos, revoltas, lágrimas, espanto e até mesmo incredulidade diante de tantos males que descobri e que ainda estão vivas em minha memória. O que agora compartilho é o que me sinto relativamente aliviada em saber que essa história tão trágica de um dos maiores manicômios do Brasil, mesmo sendo muito tarde, chegou ao fim. Penso nas vidas que foram sacrificadas para que seus corpos absurdamente fossem vendidos em nome da pesquisa e da ciência… Excluídos da vida, perdendo o direito de usarem todos os seus sentidos naturalmente, porém em morte suas carnes e seus ossos serviram para gerar dinheiro, além de ajudar a “evoluir” a ciência em tantos laboratórios e hospitais de Minas Gerais.
Uma reflexão visitou minha mente várias vezes e até agora ainda alimenta minhas opiniões, me causando diversas emoções confusas entre revolta, tristeza e incapacidade de acreditar que em nosso solo existiu um campo Nazista: o manicômio Colônia. Ali, muitos funcionários também foram cúmplices, querendo ou não, dos fatos horrendos que a história não nega e nem esconde.
Pergunto-me quais interrogações àquelas vítimas carregavam. Será que tentavam em vão compreender o que fizeram para irem para aquele lugar? Que doenças eram aquelas que ao invés de receberem um tratamento, eram torturados com choques, lobotomia, duchas escocesas e abandono até a morte? Desde aquela época até hoje, não há outra forma melhor de chamar aquele hospital, do que um Holocausto, já que existem muitas semelhanças entre as atrocidades cometidas nesse local com as que ocorreram nos campos de concentração, durante a segunda Guerra Mundial. Nós, brasileiros, não tivemos oportunidade para olhar de perto o extermínio de vidas devido a indiferença nascida do preconceito.
Através dos tensos e sufocantes depoimentos, Daniela Arbex, teve acesso à realidade vivida pelos pacientes que tiveram o ciclo de suas histórias cortadas, amputadas por serem simplesmente diferentes ou por terem manifestado algum tipo de senso de ousadia e justiça em seu cotidiano. Naquela época (a partir de 1911), não era necessário uma pessoa apresentar fragilidades mentais ou emocionais, para ser internada com o propósito de um tratamento psicológico. Bastava ser um adulto tímido, triste, epilético, ter alguma fraqueza com bebidas, ser homossexual, prostituta, ter perdido seus documentos, a virgindade ou ter sido uma mulher abandonada pelo marido. E as crianças? Como iam parar ali? Elas também eram abandonadas por suas famílias naquele lugar, após terem a certeza que eram portadoras de algum tipo de  deficiência. Eu me vi nelas e chorei. Não havia a dignidade de se ter um nome, porque isso não tinha importância para a instituição. O nada não precisa ter identidade, o nada é vazio. Vestimentas não eram necessárias e suas cabeças eram raspadas, inexplicavelmente… não havia nenhum toque de humanidade naqueles corpos… Ninguém mais era dono de sua vida e nem responsável por suas vontades… não havia um alimento digno, o que era servido tinha a  aparência de lavagem . Os responsáveis por esse domínio cruel e pelas amputações de vidas, estavam tanto do lado de fora, quanto dentro do hospital: uns saíram de dentro das próprias famílias dos pacientes, outros do poder público da Cidade dos Loucos.
Se é que existe de fato alguma mazela classificada de loucura, com certeza passou a existir naquelas vidas porque foi imposta pelos seres “normais” que dominavam aquele ambiente hostil. Até hoje, mesmo com o nascimento de muitos médicos humanizados, seguidores da visão antimanicomial, infelizmente ainda há um domínio humano sem sensibilidade que insiste em tentar nos convencer de que a precariedade mental se encontra naquele que vive dentro de seu mundo inconsciente, buscando por diversos meios unicamente se conhecer e compreender o que se passa ao seu redor. Loucos, insensatos são aqueles que provocam muitos barulhos e violências nessas vidas, através de grades, drogas, amarras e surras. Tomando o controle de toda a liberdade e de mínimos direitos… Que intenção há nessa exclusão de afeto? Não se devolve a dignidade e a vida comum que há dentro da sociedade, excluindo a pessoa da interação e do convívio social.
“Vocês precisam entender que não somos tomadores de conta. Somos cuidadores. Os doentes têm o direito de retornar para a sociedade.”
Sabemos que onde falta amor, certamente falta visão externa e alma… e se falta alma, falta a vida, e se não há vida, nunca haverá sensibilidade para se saber o quanto se pode ferir um pássaro-humano, prendendo-o numa “gaiola”.
A cada página virada com cuidado aguardando mais um sofrimento ou renascimento, me vinha à lembrança, a história fictícia do livro “The Boy in the Striped Pyjamas”, (O menino do pijama listrado) de John Boyne, que retrata muito bem essa acepção com uma vida semelhante à nossa, mas afastadas e evitadas por carregarem um pensamento diferente ou terem outra cultura. Que existam mais Brunos entre nós! Que outros também consigam olhar o diferente sem desprezar o que ele é e o que pensa. Que pijamas listrados ou azulões, cor do que era usado na Colônia, não sejam usados com o propósito de separar vidas que são iguais às nossas.
Apesar de todo “nazismo” que há a cada página do livro de Daniela Arberx, pude identificar que a esperança existiu, e através dos relatos, reconheci muitos guerreiros humanizados do movimento antimanicomial que lutaram/lutam pelo fechamento não só daquela unidade, mas tantas outras que existem em nosso país.
Insisto em tentar acreditar que aquele sacrifício humano fez muitas pessoas se levantarem, se incomodando com o silêncio para proclamar uma verdade: quem precisa de cura é a humanidade preconceituosa e insensível. Tive essa certeza através de várias pessoas citadas na história que fazem parte do grande número de excelentes cuidadores, fora e dentro da medicina, que se doaram, mostraram imagens e filmes sem medo e sem pudor dos encarcerados daquele lugar. Não fizeram acepção e nem desistiram de lutar pelos menos favorecidos, ensinando até coisas simples, por exemplo, defecar e urinar no lugar adequado, necessidades básicas que aquelas pessoas deixaram de ter… Também presentearam aqueles pés com calçados, os corpos com vestimentas, a cabeça com cafuné e as almas com os abraços que não conheciam… Esses sensibilizados fizeram o impossível por várias décadas, até perderem o direito de exercer sua profissão como punição pelas vidas perdidas naquele manicômio. Muitas delas puderam viver na realidade, um pouco do que Bruno, o personagem alemão do livro de John Boyne, tentou ser em sua inocência infantil: um anjo, um doador de alimento, de atenção e alento na vida do amiguinho judeu Shmuel.  E como já se sentia um explorador curioso das coisas fantásticas, ele fez aquele menino ser sua melhor descoberta…
Bruno teve a certeza de jamais ter visto um menino tão triste e tão magro em toda a sua vida, mas decidiu que seria melhor conversar com ele.
“Estou explorando”, disse ele.
“Ah, é?”, disse o pequeno menino.
“Sim. Já faz quase duas horas…”
“Descobriu alguma coisa?”, perguntou o menino
“Quase nada”.
“Nada mesmo?”
“Bem, descobri você”, disse Bruno após um instante.
…resumindo, ele foi um verdadeiro amigo que não olhou nenhuma diferença, mesmo separados por uma cerca de arame…
Shmuel se aproximou bastante de Bruno e olhou para ele assustado.
“Sinto muito por não termos encontrado seu pai”, disse Bruno.
“Tudo bem”, disse Shmuel.
“E sinto muito que não tenhamos podido brincar, mas, quando você for a Berlim, é só o que faremos, e eu o apresentarei a… Puxa, como era mesmo que eles se chamavam?”, Bruno se perguntou, frustrado, pois eles deveriam ser os seus três melhores amigos para toda a vida, as tinham desaparecido de sua memória àquela altura. Ele não se lembrava de seus nomes nem de seus rostos.
“Pensando bem”, ele disse, olhando para Shmuel, “não importa se eu lembro ou não. Eles não são mais meus melhores amigos mesmo.” Ele olhou para baixo e fez algo bastante incomum para a sua personalidade: tomou a pequena mão de Shmuel e apertou-a com força entre as suas.
“Você é o meu melhor amigo, Shmuel”, disse ele. “Meu melhor amigo para a vida toda.”
Shmuel poderia ter aberto a boca para responder alguma coisa, mas Bruno não teria escutado porque neste instante ouviu-se o alto ruído de todos os que haviam marchado para dentro engolindo em seco, enquanto a porta da frente foi subitamente trancada e um forte barulho metálico ecoou vindo de fora.
Bruno ergueu uma sobrancelha, incapaz de compreender o sentido daquilo tudo, mas presumiu que tivesse algo a ver com a necessidade de manter a chuva longe e impedir que as pessoas ficassem resfriadas.
E então o cômodo ficou escuro e de alguma maneira, apesar do caos que se seguiu, Bruno percebeu que ainda estava segurando a mão de Shmuel entre as suas e nada no mundo o teria convencido a soltá-la.
A cada história fictícia ou verídica que chega diante de meus olhos, me faz insistir em acreditar que para ser livre, feliz e autêntico, é preciso ser louco. A loucura é que é sadia, porque ela não escraviza as emoções e nem nos poda de viver nenhuma rara oportunidade. Ela derruba corajosamente as cercas e abre as gaiolas que prendem vidas que carregam o medo de chorar, de sofrer, de ser constrangido por coisas banais, de perder direitos…. Esses sim, são doentes porque insistem covardemente durante muitas décadas em não aceitar a cura que sempre os visita.
“Quem encarcera, seda e isola não acredita na razão, nem no resto dela. A lei da reforma psiquiátrica, ao contrário, é humanista, mas baseada em fundamentos técnicos da própria medicina, os quais permitem a realização do tratamento em liberdade…
A lei não desconhece a doença mental. Ela regula a forma de tratá-la. As insuficiências do tratamento não são da lei, mas da deficiência na sua aplicação. A doença é uma coisa normal da vida. O que não é normal é não haver convivência pacífica com ela. O maior problema ainda é de aceitação da dificuldade do outro. A reforma psiquiátrica é, de certa forma, a abolição da escravidão do doente mental, seu fim como mercadoria de lucro dos hospitais fechados, da exploração do sofrimento humano com objetivos mercadológicos.”
Paulo Delgado, “deputado dos doentes mentais”
Dedico meu texto às vidas que se foram dentro do Hospital Psiquiátrico Colônia e também aos poucos sobreviventes que nos ajudaram a conhecer profundamente o que ali dentro visceralmente se passou. Presto minhas admirações à eles, porque em meio a morte em vida, nunca perderam a esperança e nem desistiram da vida.
À escritora mineira, Daniela Arbex, meus agradecimentos por ter deixado para nós e para o seu filhinho Diego, um legado do jornalismo-denúncia, que ousadamente posso afirmar: já marcou a nossa história. Os prêmios que ela tem recebido falam por si.
E aos diferentes e frágeis emocionais, continuo a dedicar minhas reflexões, meu tempo, minha fé e minha certeza de que um dia, nós conseguiremos ser tão insanamente felizes e livres como vocês são.

Fonte: Site http://genialmentelouco.com.br

ASSISTA AO DOCUMENTÁRIO COMPLETO SOBRE O "HOLOCAUSTO BRASILEIRO (2016).


Publicado no You Tube em 21 de fev de 2017

Este documentário lançado em 2016 - dirigido por Daniela Arbex e Armando Mendz e baseado no livro homônimo de Daniela Arbex - mostra o genocídio que aconteceu no Hospital Colônia em Barbacena (MG) enquanto discute questões atinentes ao papel dos manicômios.

"Dentre todas as violências possíveis, a omissão talvez seja a forma mais perturbadora, porque é silenciosa e permite que os estragos perdurem por anos. Só a omissão foi capaz de permitir que 60 mil brasileiros morressem dentro do Hospital Colônia, em Barbacena (MG). Um genocídio no maior hospício do Brasil.

A história transformada em memória mostra os horrores de experiências recentes de segregação, como o Apartheid e o Holocausto. Um ser humano definindo o direito de vida de outro ser humano. Milhões de vítimas e um legado de perplexidade permanente: Do que somos capazes de fazer quando temos poder?

Na tragédia brasileira de Barbacena, os pacientes internados à força foram submetidos ao frio, à fome e a doenças. Foram torturados, violentados e mortos. Seus cadáveres foram vendidos para faculdades de medicina, e as ossadas comercializadas." Revista EXAME


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

7 documentários para professores de história.


Postado por: 

Olá, leitores!
É sempre interessante criar alternativas diferentes para ensinar, alguns professores usam aparelhos tecnológicos, como por exemplo o tablet, outros preferem dar aulas fora da sala de aula e outros preferem usar filmes e documentários para complementar a matéria. Cada um faz da sua maneira e como acha mais inspirador para os alunos, se gosta de documentários e acha que eles podem ajudar os estudantes, não deixe de ensinar assim.
Separamos alguns documentários para professores de história, mas se não éprofessor de história e procura algum documentário, pode ter certeza que vai achar muitos e para todas as matérias. Tentamos variar o assunto, por isso vai encontrardocumentários para professores com a história do Brasil, mas também vai achar relatos do Desastre de Chernobyl e até história antiga como Os Etruscos.
Está pronto para conhecer vários documentários para professores de história que vão acrescentar muito mais interesse e conhecimento aos alunos? Então pegue papel e caneta e anote o nome dos documentários:

Começando pela história do Brasil

Colônia, Boris Fausto


O documentário tem cerca de 30 minutos e conta a história do Brasil na época de colônia, é interessante pois está bem resumido. Nosso país viveu como colônia por muitos anos e é complicado explicar tudo o que aconteceu, mas com o documentário bem resumido e explicado seus alunos vão compreender essa parte da história.
República Velha, Boris Fausto

Mais um documentário de Boris Fausto, ele também tem cerca de 30 minutos e conta os acontecimentos da república velha. Será que seus alunos sabem um pouco sobre esse assunto? Ele é importante e muitas vezes cobrado em vestibulares.
Regime Militar, Boris Fausto

O Brasil viveu momentos intensos há pouco tempo atrás e muitas pessoas começaram a citar o regime militar. É importante conhecer essa história para poder tomar boas decisões no futuro, um país que não estuda história não consegue entender a si mesmo, porque desconhece suas raízes. Só assim podemos construir um bom futuro, por isso, ensine história para seus alunos.

Mais documentários

Os Etruscos (Os Prazeres do Mundo Antigo)

Eles estavam aqui há 3 mil anos, os etruscos foram um povo misterioso que prosperava na Itália. Estavam bem a frente do seu tempo, eram ricos, elegantes e sofisticados, adoravam banquetes e festas. Tinham grandes frotas de navios e isso os transformavam em negociantes implacáveis.
O Desastre de Chernobyl: Discovery Channel

No dia 26 de abril de 1986, o reator número 4 da usina de energia nuclear Chernobyl explodiu na Ucrânia. Esse documentário fala sobre esse desastre que mostra uma batalha contra o tempo, durante oito meses depois da explosão da central nuclear, 800.000 jovens soldados, mineiros, bombeiros e civis trabalharam para tentar moderar os efeitos da radioatividade.
Che Guevara

Provavelmente seus alunos já ouviram falar desse cara, o documentário mostra um pouco da história desse homem e quando um soldado boliviano atirou em Ernesto Che Guevara em Outubro de 1967. Esse soldado não imaginou que criaria uma lenda, depois de morto ele se tornou um mito, um dos ídolos do século 20.
Nostradamus, Profeta da Destruição

Mais um pouco de história antiga. Nostradamus foi um homem que não se enquadrava em seu tempo, ele acreditava que viajava ao futuro, foi e ainda é chamado por muitos como rei dos profetas, seus seguidores conjuram visões do Armagedom e do apocalipse pela simples menção do seu nome.
Todos os documentários citados podem contribuir para suas aulas, por mais que alguns não sejam tão cobrados, como o de Nostradamus, conhecer um pouco da história é muito interessante e só irá acrescentar. Não deixe de conhecer um pouco sobre esses assuntos e passar para seus alunos, pode ter certeza que eles vão curtir esse tipo de atividade em sala de aula.
Além disso, depois dos documentários podem surgir discussões sobre o tema e isso vai envolver ainda mais os alunos. Se tiver algum documentário de história interessante para compartilhar deixe nos comentários, vamos gostar de saber.
Até logo!

segunda-feira, 21 de março de 2016

Jango e o Golpe de 1964. 2 documentários para recordar...


Em meio às atuais circunstâncias políticas, separamos 2 documentários para refletir... O dia que durou 21 anos e Dossiê Jango, as duas obras abordam os eventos que levaram à deposição de Jango, presidente democraticamente eleito...

O dia que durou 21 anos



Ano: 2013; Diretor: Camilo Tavares; 1h17m.

O documentário aborda a influência do governo dos Estados Unidos no Golpe de Estado no Brasil em 1964. A ação militar que deu início a ditadura contou com a ativa participação de agências como CIA e a própria Casa Branca. Com documentos secretos e gravações originais da época, o filme mostra como os presidentes John F. Kennedy e Lyndon Johnson se organizaram para tirar o presidente João Goulart do poder e apoiar o governo do marechal Humberto Castelo Branco.



Dossiê Jango




Ano: 2013; Direção: Paulo Henrique Fontenelle; Duração: 1h43m.

João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1 de abril de 1964. Depois do fato, o ex-presidente se refugiou na Argentina, onde morreu em 1976, quando estava planejando voltar ao Brasil. Imediatamente após a morte de João, ele foi enterrado, assim deixando as circunstâncias de sua morte no país vizinho sem muitas explicações até atualmente. Hoje em dia, acredita-se que foi um assassinato premeditado. Dossiê Jango traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.


Fonte: Filosofando

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Documentário conta história de São Paulo.

Crédito: Fotolia

Uma das maiores cidades do mundo completa 462 anos na segunda-feira (25.01.2016). São Paulo é hoje o centro econômico do Brasil e a maior metrópole da América Latina. Mas você sabe como ela se desenvolveu?  PARA ASSISTIR CLIQUE AQUI. Breve história das capitais brasileiras – São Paulo, disponível na Escola Digital, conta a história de São Paulo a partir de imagens.
Em forma de documentário, o vídeo mostra como era a cidade desde a chegada dos jesuítas até as primeiras marcas de industrialização. O tipo de construção das casas e os relatos sobre a cidade na época são exibidos por meio de gravuras, fotografias e documentos históricos. Pelo vídeo, sabemos que o café exerceu uma grande influência na história de São Paulo.
Produzido pela TV Escola, o documentário foi sugerido pela professora Michele Meletti de Sant’anna Aimolí. Para assistir, é só acessar a Escola Digital e celebrar o aniversário dessa grande cidade.
Sugestão de uso: 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, nas aulas de História, dentro do tema Permanência e mudanças na história local e regional.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Estude a história recente do Brasil com documentário que retrata a disputa política nas eleições presidenciais de 2002.

(Imagem: Reprodução/O Espetáculo Democrático)

Por Malú Damázio

Ano de eleições presidenciais. As pessoas vão às ruas questionar o governo e lutar por direitos básicos, como alimentação, saúde, educação e inclusão social. Querem transformações, querem um país que se preocupe com seus cidadãos. Querem ter acesso às riquezas da nação. O presidente da República já está no poder há mais de um mandato e defende, nas eleições, o candidato de seu partido. As mudanças duramente conquistadas não poderiam ser postas a perder assim, tão facilmente, com a troca de siglas. Por outro lado, esperança é a palavra da vez para a oposição.

As propagandas eleitorais são um declarado FLAxFLU:

Partido A: “Tô com medo. Faz tempo que eu não tinha esse sentimento. Porque eu sinto que o Brasil, nesta eleição, corre o risco de perder toda a estabilidade que já foi conquistada. Eu sei que muita coisa ainda precisa ser feita, mas também tem muita coisa boa que já foi realizada. Não dá para ir tudo para a lata do lixo!”

Partido B: “Não perceberam que o mundo mudou? Ou melhor: que nós mudamos o mundo e que os velhos truques já não funcionam mais. […] Quero justiça e oportunidade! Quero ter meu emprego, meu salário, meu dinheiro para comprar as coisas para mim e para os meus filhos. […] Foi por isso que resolvi parar, examinar e, desta vez, fazer diferente!”

Você conhece esse cenário, não é mesmo? O curioso é que estou falando do Brasil de 2002. Fernando Henrique Cardoso, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ainda era o chefe de Estado e Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), tentava, pela terceira vez, governar o país. Ele e José Serra eram os candidatos da vez. Um lutava para mudar e o outro para continuar mudando.

O resultado da disputa nós já sabemos: Lula se tornou presidente do Brasil em 2003 e conseguiu a reeleição em 2006. O governo do PT teve aprovação e continuidade, assim, Dilma Rousseff foi eleita em 2010 e acaba de entrar em seu segundo mandato este ano. Durante o período, o PSDB assumiu caráter de oposição com José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves.

Nas últimas eleições, em 2014, mergulhamos em uma trama parecida com a de 12 anos atrás. O embate foi acirrado, as propagandas dos dois partidos pregavam ideias parecidíssimas. Só que, ironicamente, os papéis foram invertidos. O PT dizia que o Brasil não poderia parar de mudar e por a perder as transformações conquistadas nos últimos anos e o PSDB pregava um novo rumo para o país, o fim de um governo que há muito permanecia.

Disputa de poderes

Você provavelmente tem alguns flashes e memórias daquele período, mas imagino que não se lembre de tudo com clareza. Pois bem: este jogo de poderes promovido por partidos de situação e oposição foi muito bem retratado no documentário “O Espetáculo Democrático”, lançado em 2004 e gravado durante as eleições de 2002. O filme mostra, em 40 minutos, a campanha de Lula para a presidência e sua vitória, ao mesmo tempo em que contrapõe as propagandas realizadas pelo PT às do PSDB, que tentava a permanência no governo por meio da eleição de José Serra. As contradições de ambos os partidos e os esforços – muitas vezes duvidosos – empreendidos pelos rivais são evidenciados ao longo da trama.

O documentário é costurado por depoimentos do próprio metalúrgico e de Fernando Henrique Cardoso. Além disso, ele faz uma retrospectiva da trajetória de Lula nas eleições, desde sua primeira vez como candidato, contra Fernando Collor, em 1990, e as sucessivas derrotas em 1994 e 1998. O ex-presidente deposto, aliás, também foi entrevistado pela equipe do filme.

Uma das sacadas mais interessantes foi mostrar a reação da população brasileira durante o período de eleições e após a vitória de Lula. Cenas da festa da posse presidencial, entrevistas com pessoas de diversas classes sociais e questionamentos sobre a expectativa de como seria o governo do então presidente trazem à tona os ânimos políticos da época. Vale a pena acompanhar também os depoimentos dos marqueteiros e da equipe de assessores da campanha do metalúrgico e a reação da imprensa à sua vitória.

Bom, acredito que o mais legal de tudo isso é poder contextualizar o documentário com os dias de hoje e com as eleições do ano passado. Além de aprender uma etapa da história recente do Brasil, você pode ver como a situação se alterou – e, estranhamente, permaneceu a mesma – de lá para cá. Dá uma olhada! 


Fonte: Guia do Estudante

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Documentários sobre Nietzsche, Heidegger e Sartre que você deveria assistir.


Olá, leitores!

Nossa dica de hoje é para quem gosta de questionar, de ter uma opinião, de parar para pensar em por que e como as coisas são como são, e mais ainda para os amantes da filosofia. Disponibilizamos aqui documentários gratuitos sobre Nietzsche, HeideggerSartre que você deveria assistir.

Eles são 3 dos maiores filósofos da história e influenciaram muita coisa que conhecemos hoje. Esses documentários são interessantes não só para futuros filósofos, mas também para estudantes que vão prestar grandes provas como Enem, vestibulares e concursos e todas as pessoas que gostariam – ou precisam – pensar diferente, seja na carreira, seja na vida pessoal.

Filósofos

Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 -1900) foi um filósofo alemão do século XIX e um dos maiores nomes dessa área.
Martin Heidegger (1889 – 1976) foi um filósofo alemão do século XX que influenciou muitos outros, dentre os quais Jean-Paul Sartre.
Jean-Paul Sartre (1905 -1980) foi um filósofo francês, conhecido como representante do existencialismo.

Documentários sobre filosofia

Os documentários são conduzidos por Alain de Botton, escritor e produtor famoso por popularizar a filosofia e divulgar seu uso na vida cotidiana. De Botton iniciou um Ph.D em filosofia francesa em Harvard, mas acabou preferindo escrever ficção.  Possui sua própria produtora, a Seneca Productions, que transmite regularmente programas e documentários na televisão britânica baseados em seus trabalhos.
Os vídeos são como biografias de Nietzsche, Heidegger e Sartre, para você entender um pouquinho mais desses três que são tão importantes para a história. Os documentários grátis estão disponíveis abaixo:

Documentário sobre Nietzsche.
 
  
Documentário sobre Heidegger.




Documentário sobre Sartre.


Fonte - Canal do Ensino





sexta-feira, 20 de novembro de 2015

RACISMO: UMA HISTÓRIA – DOCUMENTÁRIO.



Fome na Índia, 1876-1878.

Produzido pela BBC, em 2007, o vídeo “Racismo: uma história” tem a direção de David Olusoga, historiador britânico-nigeriano e documentarista premiado. Seus trabalhos para rádio e televisão têm explorado os temas do colonialismo, da escravidão e do chamado “racismo científico”. O documentário inicia-se com a imagem de esqueletos espalhados sobre a areia do deserto da Namíbia: lembrança do genocídio da população nativa pelo racismo dos colonizadores alemães. Apresentando imagens de arquivos e depoimentos de professores de universidades britânicas e africanas. o vídeo traça um amplo painel histórico do racismo do século XIX chegando até meados do século XX.


Veja o documentário “Racismo: uma história”



Desde as primeiras décadas do século XIX, ocorreram massacres contra populações nativas consideradas “inferiores”. Entre 1820 e 1832, a chamada “Guerra Negra” movida pelo racismo dos britânicos contra os aborígenes da Tasmânia, levou ao extermínio dos aborígenes. Na mesma época, fatos semelhantes ocorriam na África do Sul, no Canadá e na Argentina. 

Teorias racistas

 Em 1840, a obra do anatomista escocês Robert Knox, “Races of men” forneceu fundamentos para o racismo e justificou o extermínio: 

“A raça é tudo:  literatura, ciência, arte, em uma palavra, a civilização, depende dela. As raças negras podem ser civilizadas? Eu devo dizer que não. (…) A raça saxônica jamais as tolerará, jamais se miscigenarão, jamais viverão em paz. É uma guerra de extermínio”. (Roberto Knox, 1840).

Por essa época (1939), nos Estados Unidos, o anatomista Samuel George Morton, estudando os crânios de diferentes etnias concluía que a capacidade craniana determinava a capacidade intelectual e que os caucasianos por terem os maiores cérebros eram, portanto, mais inteligentes. Abaixo deles vinham os índios e, por último, os negros.
 Morton usou essas “evidências” para defender a ideia de que o ser humano não tinha tido uma origem comum. Afirmava com racismo que cada raça fora criada separadamente e a cada uma foi dada características específicas e irrevogáveis. Assim, para ele, tasmanianos, africanos e índios americanos talvez nem chegassem a ser totalmente humanos. 

Darwinismo social e eugenia

 A obra de Charles Darwin, “A origem das espécies”, de 1859, com sua teoria da evolução natural, acabou servindo de álibi para justificar a expansão global da raça britânica. As ideias de Darwin foram usadas para explicar as sociedades humanas dando origem ao darwinismo social baseado na tese de que somente os mais aptos, os “superiores” vencem. Os “perdedores” estavam fadados a desaparecer. Muitas dessas raças ‘inferiores” seriam apenas lembradas como curiosidades, peças empalhadas em museus de Antropologia. 
Árvore da Eugenia, metáfora do símbolo da evolução humana O cientista inglês Francis Galton, baseando-se na obra de seu primo Charles Darwin, propôs a seleção artificial para o aprimoramento da população humana através de casamentos seletivos entre brancos, unicamente. Nascia a eugenia, termo criado por Galton, em 1883, significando “bem nascido”.  Suas ideias tiveram enorme repercussão e foram elogiadas no meio científico. 
A eugenia parecia ser a solução para reverter o desequilíbrio social que, na época, ocorria, na Inglaterra. O forte crescimento demográfico das classes pobres frente à diminuição das classes mais ricas e cultas gerou o temor de uma “degeneração biológica”. Entre 1880 e 1930, a eugenia logo se transformou num movimento que angariou inúmeros adeptos entre a maioria dos cientistas e principalmente entre a população branca. Serviu de justificativa para o racismo e a repressão policial contra operários e os mais pobres. Falava-se em “raças criminosas”. 
Pregações dos missionários cristãos de que “somos todos irmãos” foram vistas como ideias ultrapassadas. O poema “O fardo do homem branco”, de Rudyard Kipling, passou a ser considerado um romantismo obsoleto (veja artigo aqui). 

A Grande Fome na Índia Britânica 

As teorias do racismo foram aplicadas não somente nas novas colônias, mas também nas partes antigas do Império Britânico. Entre 1876 e 1878, a Índia foi afetada pelo fenômeno climático hoje conhecido como El Niño. As monções não vieram e a seca destruiu os cultivos.  A população rural consumiu todas suas reservas alimentares e a fome se alastrou pelo país. Cerca de 8 milhões de camponeses indianos morreram de fome. 
O que agravou a tragédia foi o fato dos britânicos terem desmantelado a agricultura tradicional que, durante séculos, evitava que a escassez se transformasse em fome. Os britânicos forçaram os agricultores indianos a plantarem trigo e algodão em larga escala para exportação acabando com a agricultura familiar de subsistência.
Para o vice-rei da Índia, Lord Robert Bulwer Lytton, a morte de milhões de agricultores pobres nada mais era do que parte da “seleção natural” em que sucumbiam os mais fracos. Ignorando a tragédia e sucumbindo ao racismo, Lytton concentrou-se nos  preparativos da grandiosa festa de coroação da rainha Vitória como imperatriz da Índia, ocorrida em 1877. 

Namíbia 

Darwinismo social, eugenia e racismo científico serviram de justificativa para o que ocorreu na Namíbia, colônia alemã na África. Em 1904, o povo nativo se rebelou contra a brutalidade das autoridades alemãs. Em resposta, os alemães aprisionaram e escravizaram os hereros e namaquas em campos de concentração. 
Somente na ilha de Shark, cerca de 3.500 indivíduos foram exterminados. Entre 1904 e 1907, o massacre extinguiu 80% da população nativa além da prática de tortura e do abuso sexual às mulheres sobreviventes.
 O genocídio dos hereros e namaquas foi o primeiro do século XX e é precursor do extermínio que ocorreu no período nazista. Nessa época, o cientista alemão Eugen Fischer, defensor da eugenia, pesquisava a população de Rehoboth, pequena aldeia situada ao norte da Namíbia. Interessava-lhe encontrar provas de “degeneração racial” entre os 3.000 nativos miscigenados, isto é, nascidos de uniões mistas de alemães com africanos. Sua proposta para deter o avanço da “degeneração” era a esterilização dessa população. 

O eugenismo nos Estados Unidos 

O movimento eugenista ganhou força em 1912 com a realização do Primeiro Congresso Internacional de Eugenia, em Londres. As ideias eugenistas ganharam adeptos em vários países da Europa, Ásia, América Latina e, principalmente nos Estados Unidos e na Alemanha.
 Em 1910, Charles Davenport, professor de Zoologia da Universidade de Chicago, obteve financiamento de grandes empresas americanas para fundar o Escritório  de Registros de Eugenia (Eugenics Record Office,  ERO) que teria a função de organizar a coleta de dados familiares. O movimento eugenista nos Estados Unidos crescia no mesmo período em que começavam a chegar levas de imigrantes do sul e do leste da Europa. 
Para os eugenistas, tornou-se importante proteger “seus estoques genéticos populacionais dos degenerados e socialmente indesejados”, isto é, deficientes mentais, criminosos, delinquentes, deficientes físicos, infectados com doenças contagiosas etc. 
Em 1930, leis de esterilização haviam sido aprovadas em 23 estados norte-americanos. Em 1938, mais de 30 mil pessoas haviam sido esterilizadas involuntariamente. Casamentos inter-raciais foram proibidos em 27 estados.
Alemanha nazista 

Fundações americanas, como a Fundação Rockfeller, financiaram o desenvolvimento da eugenia alemã. Sob as ordens do governo nazista, Eugen Fischer, o mesmo que trabalhara na Namíbia, foi autorizado a esterilizar afro-alemães. Eugen Fischer em seu escritório em Berlim, 1938. 
Tratava-se de uma minoria, entre 500 e 800 indivíduos, descendentes de alemães colonizadores e missionários que residiram nas colônias alemães da África e tiveram filhos com mulheres nativas.  Após a Primeira Guerra Mundial, com a perda do império colonial alemão, alguns desses colonos voltaram à Alemanha com suas respectivas famílias. Essa população foi esterilizada incluindo 400 crianças e doentes mentais. 
Quando a Segunda Guerra Mundial começou, em 1939, o governo nazista abandonou o programa de esterilização pelo extermínio daqueles considerados “indesejados” para a “pureza racial ariana”. O racismo nazista pode ser visto, dessa forma, como parte de um processo histórico mais longo que se desdobrava havia um século



HISTÓRIA DE PACOTI - CEARÁ

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